Foi logo aos 4 minutos do primeiro tempo. O time rubro-negro largou na frente na decisão do estadual. Boa parte do público não viu o primeiro gol. Cerca de 20 mil pessoas (se disserem que foi menos do que isso eu não sei de mais nada) acompanharam a grande final. Um número surpreendente, visto que as duas torcidas não estiveram tão presentes nos outros jogos, principalmente a do Flamengo, time da casa.

O Tubarão estava assustado, não conseguia organizar as jogadas, passes errados e muitos vacilos inacreditáveis. O nervosismo era evidente. O time do litoral meteu uma bola na trave com o gol livre. O Flamengo tratou de fazer mais dois gols e saiu no final do primeiro tempo aos gritos de é campeão da sua torcida.

No segundo tempo o técnico do Parnahyba fez mudanças consideráveis e foi pra cima da raposa. Tomou o quarto gol num castigo pela desatenção da zaga, que foi uma mãe o jogo todo. A partir daí, o jogo mudou. Mudou tanto que é coisa para outro parágrafo.

Ninguém mais acreditava na virada do Parnahyba. A torcida do Flamengo já comemorava com bastante euforia, até qu eo time praiano marcou o primeiro, ainda antes dos 15 do segundo tempo. Nada demais, mas que chamou a atenção para a mudança de atitude da equipe. Eu acompanhava o jogo no meio da torcida azulina e só ouvia um grito depois do primeiro gol: Bota o Marreco! Marreco!!! Aos 22 minutos Marrreco entra. Poucos minutos depois ele faz o cruzamento para o segundo gol do Tubarão. Silêncio rubro-negro. A torcida do Parnahyba vibra sem parar. Ninguém mais sentou depois desse lance.

O Tubarão era só pressão, trabalhando bem a bola... mas finalizando mal. O tempo foi passando e o susto da raposa também. O time azulino lutou até o fim, mas não conseguiu superar os errros do primeiro tempo. Antes dos 45 minutos, a torcida já havia invadido o gramado, mas não o campo de jogo. Ao apito de Carlos Eugênio Símon centenas de torcedores correram rumo aos jogadores para comemorar o fim do jejum de 14 anos sem títulos. Eram tantos torcedores que a entrega do troféu foi atrasada. Aliás, troféu desenhado pelo colega Alexandre Gomes, da Inove (Publicidade - CEUT). Ele estava chateado porque a bola deveria ser prateada, e não pintada de branco e preto. Realmente, a bola prateada ficaria bem melhor.